sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ciúmes e Preconceito: doenças sem cura

Quando se imaginava que todas as doenças já estariam sobre controle, o mal do século, Alzheimer (progressiva perda de memória), veio para desafiar a ciência, pois não se sabe de sua origem, não há evidências de sua hereditariedade, não se conhece sua cura, sua profilaxia, enfim, só se tem estatísticas, tais como as que atividades profissionais de Professor e Ator tem menor incidência da doença e atribuem os especialistas ao fato destas categorias terem hábitos de leitura por muito mais tempo que outras atividades. E não precisa ser estudioso do assunto para saber que não se morre de Alzheimer, mas com Alzheimer, pois a degradação da qualidade de vida levam os pacientes a doenças de difícil recuperação.
Já ciúmes, como dizia o saudoso e genial psicólogo José Ângelo Gaiarsa, é uma doença sem cura, com controles através de terapias, meditação, levando o paciente a uma situação de melhor controle, melhor ambientação aos seus relacionamentos, mas sem cura.
O preconceito está neste rol de doenças sem cura, pois é da personalidade do indivíduo, incrementada ou reduzida em seu meio ambiente, pode também, como o ciumes, controlar-se em algumas situações, pois pode gerar prisão, brigas, envergonhamento, mas sem cura. Exemplo desta situação é o de uma candidata nestas eleições que colocou o post abaixo em sua página pessoal. Conhecidos eventos foram o de um famoso jornalista da televisão com sua indignação porque um gari "ousava" dar feliz ano novo ao povo num final de ano, o de uma jornalista que caracterizava em vídeo que somente as elites como sendo "cheirosas" e o clássico caso de um jornalista de Santa Catarina que se indignava do porque agora "qualquer miserável" tem carro. Tivemos muitos eventos na campanha eleitoral de 2010 (todos registrados na internet) e que torçamos estarem envergonhados para estas de 2014.
Alzheimer, não é percebido por seu possuidor. Já ciúmes e preconceito, também não são percebidos algumas vezes pelo próprio paciente, principalmente em momentos de surtos. Mas quando raramente tomam ciência de seus ataques, ratificam seus posicionamentos, potencializando seus descontroles ou manifestam toscas justificativas, receosos dos impactos negativos sobre sua pessoa.