quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vestibulando, um ser perdido


Em retorno de férias, finalmente, notamos que passamos todo período pré-natal, Natal e entra em 2013 só ouvindo falar em vestibular. Que tortura a quem vê noticiários e principalmente a quem faz os vestibulares. Vemos a ansiedade das famílias, as informações e desinformações da imprensa, a alegria das TV´s que conseguiram capturar imagens de vestibulandos que chegaram 30 segundos atrasados, bateram com a cara no portão fechado e dispararam em choro, gravados em cenas HD suas lágrimas pelo rosto. É natural o grande volume de comentários sobre o assunto? É natural, pois são uma quantidade muito grande de envolvidos: o próprio vestibulando (somente SISU – Sistema de Seleção Unificada, são mais de 130 mil), os parentes, amigos e entidades comerciais (escolas, cursinhos,etc). É uma fase das mais complexas para a família, pois é iminente uma alegria ou uma tristeza, um afastamento do filho do convívio, um custo adicional não previsto, decisões sobre sua moradia, segurança, comunicação. Piram da cabeça todos: os pais, a família, o cachorro da casa passa a ter comportamentos estranhos, mas o vestibulando, o eterno perdido, que deveria ser o ator principal, sofre uma pressão precoce demais, pois é desproporcional para sua idade a carga psicológica jogada sobre sua cabeça. Como se não bastasse a pressão pré-vestibular, aparecem as desinformações originadas com objetivos diversos. É a imprensa tentando desqualificar o sistema de ranking do governo federal, buscando mínimas falhas no ENADE e SISU, pois precisam fragiliza-lo. É a insegurança do vestibulando por não estar convicto pela escolha de seu curso. São as comparações com seu amigo, vizinho, namorada(o) e parentes. Sobre a cabeça deste perdido vestibulando