Quando
nascemos somos tratados e guiados por aqueles que fazem de tudo para que
possamos andar pelas próprias pernas: a mãe e o pai. Não sabemos nada, somos
totalmente dependentes deles. Quando passamos a andar com as próprias pernas,
adolescentes e intolerantes, entendemos que nos livramos deles, de suas pegações
de pé, quando na realidade é o cuidado e o carinho. Logo, logo, em meio à
formatura e casamento, percebemos que éramos “aborrecentes”, pois continuamos
mais dependentes deles do que antes, notando que a valorização destas figuras
se acentuam. Esta dependência agora não é mais por que não sabemos de nada, mas
porque passamos a admira-los. É o ídolo que queremos ao nosso lado, sempre. A mãe
e pai atuam de forma diferente um do outro, diferente no seu formato de proteção e
carinho.
O
pai luta para gerar melhor oportunidade aos filhos do que ele teve. Tenta do
seu balanço de vida, fazer com que o filho salte etapas que o atrasaram, que o
prejudicaram. Lida atônito com os dados atuais que ele não viveu, drogas, violência,
globalização.
Quando
encerra sua obra na terra, entendemos do porque de suas chegadas surpresas à nossa
república de estudante, checando se tudo estava bem. Entendemos do quanto foi
difícil dar dinheiro para os filhos sobreviverem na faculdade, pois outros
filhos menores demandavam suprimentos básicos. Entendemos quão solidário a
necessitados estendia a mão, aparentemente tolo, mas certo da solidariedade.
Entendemos que fez mais, muito mais, que sua formação e poder econômico lhe
permitia.
Nos
distanciaremos do Cedro, do Saco do Velhaco, do Cercado, da Furna Grande, das
Guaribas, dos Três Morrinhos, da Cana Brava, de Picos, da Baixa do Touro, da
Bocaina, enfim de toda apaixonante toponímia que só lá na região de sua
residência tem. Entendemos seu retiro, sua identificação com as origens e que
lugar maravilhoso!