sábado, 21 de julho de 2012

O dia do amigo

Nesta sexta-feira, 20/07, comemorou-se o DIA DO AMIGO. A palavra amigo suscita uma infinidade de percepções pessoais, porque efetivamente faz parte do sentimento humano, e cada um tem sua própria definição de amigo.
Buscando no tempo, o mais famoso personagem de histórias em quadrinhos e que tornou-se uma expressão popular até hoje, servindo para ironizar uma pessoa que não é seu amigo, foi o Amigo da Onça. Criado por Péricles Andrade Maranhão, publicado na revista O Cruzeiro na década de 40, sobreviveu até 1972 e retornou recentemente em retrabalhos até em 3D. O maravilhoso personagem, satírico, irônico e crítico de costumes, caracterizava-se por colocar as pessoas em situações embaraçosas. A origem da expressão "amigo da onça" surgiu da seguinte anedota:

" Dois caçadores conversam em seu acampamento:
- O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
- Ora, dava um tiro nela.
- Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
- Bom, então eu matava ela com um facão.
- E se você estivesse sem o facão?
- Apanhava um pedaço de pau.
- E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
- Subiria na árvores mais próxima!
- E se não tivesse nenhuma árvore?
- Sairia correndo.
- E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
- Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?"
normal

Jô Soares, tinha um personagem (El Gardelón - 1981) que expressava a mesma situação, isto é, passavam a ele atribuições nada amigas e ele ironizava com a frase utilizada até os dias atuais: "mui amigo".


Milton Nascimento diria "... amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito, dentro do coração ...". Já Vinícius de Moraes diria e eu concordo muito:

Já alguns políticos, que inebriados pelo poder, lutam com todas as armas para mante-lo, afirmam "... aos amigos, tudo, aos inimigos, a lei ...", isto é, a quem os acompanha nas falcatruas, lhes recompensam com o que se possa imaginar de bom, já aqueles que os dificulta, simplesmente os aplica os mais pesados processos e destruição caluniosa de reputação. Nesta união de "amigos" pelo poder, dentre as várias barbaridades identificadas até agora nas transcrições dos grampos de operações da PF, no âmbito da CPI do Cachoeira, destaca-se a descoberta desta semana, que na campanha presidencial de 2010 a então candidata Dilma Rousseff teve seu sigilo fiscal violado, junto a cerca de 20 parlamentares. A operação anti-Dilma naufragou, por motivo simples, nada foi encontrado, sobrando apenas o pobre factóide "bolinha de papel".

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