quarta-feira, 11 de julho de 2012

Quem pode esconder informações

Há situações, que omitir premeditamente uma informação é reflexo de preservação, amor ou compaixão. Já em outras situações, esta omissão caracteriza negligência, crime ou no mínimo anti-ética. Como já descrito no post de 28/02 último, “Faça o que eu falo, não faça o que eu faço”, é aceitável em nosso dia a dia familiar, questionável no mundo corporativo e é condenável no meio político e midiático (imprensa). Um gerente de uma empresa que trabalhei a muitos anos atrás, tinha a mania de resgatar, atrás de seus óculos, a meleca alojada no canto do olho, e leva-la à boca. Ato repetitivo e quase involuntário como a dermatomania de roer unhas. Outro gerente, desta falida empresa, ia ao banheiro e não lavava as mãos. A notícia disseminada, fazia com que as pessoas que compartilhavam o teclado do seu microcomputador levassem álcool para fazer a assepsia antes de seu uso. Os filhos destes gestores, provavelmente, omitiam estes “desvios”, pois os amavam, já os funcionários deles, que eram pouco amigos, divulgavam de forma ampla e irrestrita. Ação normal a dos filhos e no mínimo inconsequente a dos funcionários. Dentro deste racional ocorreu na quinta-feira da semana passada, 05/07, um fato que tem explicação semelhante ao descrito acima: a CPI do Cachoeira decidiu por convocar 4 pessoas para depor: Fernando Cavendish (ex-diretor da empreiteira Delta), Luiz Pagot (ex-diretor-geral do Dnit), Paulo Preto (ex-diretor da Dersa) e Raul Filho (prefeito do PT de Palmas-TO). Convocação dos 4 absolutamente pertinentes para as investigações, dado as evidências em gravações telefônicas e relações com a empreiteira. Nos telejornais noturnos mais famosos, neste mesmo dia, e nos matutinos do dia seguinte, exceto  o da noite da Record com a Ana Paula Padrão, omitiram completamente que havia sido convocado um dos 4 depoentes, Paulo Preto. Porque esta premeditada omissão? O cidadão comum, desinformado, obviamente não percebeu. Ainda dentro deste racional, nesta terça-feira, 10/07, o jornalista Paulo Henrique Amorim, descobriu dentre os milhares de trechos de escutas transcritas do grampo da operação Vegas da Polícia Federal e que gerou a CPI do Cachoeira, evidências preciosas de que houve premeditada omissão de informações em revista de grande circulação, pois prejudicaria o resultado das eleições que se aproximavam. A quem prejudicaria? Porque um fora da lei pode determinar omissão de informação sobre a imprensa? A quem beneficiaria? Tire sua conclusões com a reportagem anexa aqui. Existem inúmeras situações reais semelhantes que poderia-se exemplificar e todos nos meios políticos e/ou midiáticos (imprensa) que é inaceitável a omissão e a parcialidade. Leiam a respeito, a Internet está ai pra isso. 

2 comentários:

  1. Éticamente repugnante os atos dos nossos políticos e seus "amigos da mídia" que estão tão sujos quanto eles próprios. Fiquei indignado ao saber que após Demóstenes ser cassado pelo Plenário do Senado pode reassumir o cargo de procurador da Justiça no MP de Goiás com a volta ao cargo ele poderá solicitar três licenças-prêmio, num total de R$ 200 mil mais o salário de R$ 24,2 e advinha quem decidirá se ele receberá ou não as licencas prêmio seu irmão Benedito Torres, nepotismo abominável e indiscriminado.

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  2. A mídia é manipulada por alguns mandantes governistas, que obrigam a população, no geral, a saber somente sobre o que querem que saibam. Os grandes jornais da televisão e as revistas famosas, não tratam a notícia como deveriam trata-la, impõe sobre a população um pensamento geral que querem impor em cada momento.

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