sexta-feira, 4 de maio de 2012

Vício: falar bem de quem gostamos e mal de quem não gostamos

Dentre os vários “tics” do ser humano, e “tic” é caracterizado por serem involuntários, isto é, normalmente o sujeito não tem noção que o faça, alguns interferem de maneira significativa no conceito sobre esta pessoa. Eles acabam sendo mais queridos ou odiados, dependendo da qualidade deste “tic”. Há os “tics” mais comuns como piscar, emitir ruidos, sacudir parte do corpo e até mesmo a unicofagia (roer unhas, uma dermatomania de cunho psíquico). Outros são de comportamento, aqueles que não dormem no escuro, aqueles que gostam de levar vantagem em tudo (dirigem no acostamento, guardam várias filas em supermercado, usam conhecidos em bancos/comércio para não pegar filas, ...) e assim inúmeros outros. Percebam, todos “tics” involuntários, incapazes de serem identificados pela própria pessoa. Um “tic” dos mais comuns é o de falarmos bem de quem gostamos e mal de quem não gostamos, independente se é pertinente o falar mal ou bem da pessoa. A imprensa, por ser composta de pessoas, usa e abusa desta situação, seja por ser um “tic” involuntário, ou premeditado, pois defende seus interesses financeiros, de poder ou ideológico. Neste último final de semana aconteceram dois eventos associados a gandulas em jogo de futebol. No jogo de futebol entre Botafogo e Vasco, uma rapidíssima reposição de bola da bela gandula Fernanda Maia, beneficiou diretamente ao primeiro gol dos três que o Botafogo venceu o Vasco. Em Porto Alegre, no jogo entre Internacional e Grêmio, uma rapídissima reposição de bola pelo desconhecido gandula beneficiaria o Internacional pela agilidade de cobrança de escanteio, se não fosse o anulamento da jogada pelo árbitro. Sobre a eficiente reposição de bola da gandula Fernanda (vídeo abaixo), por não ser comum mulher, ter resultado em gol e passivo de grandes oportunidades de vendas de matérias jornalística, procurou-se todos os pontos positivos possíveis, desde o fato de ter sido candidata a musa de futebol até a discussões propriamente do lance, onde ela foi absolutamente correta e profissional, pois executou a reposição da bola rapidamente e imeditamente foi atrás da bola que saiu, sem sequer olhar o gol do Botafogo na continuação da jogada. Já o lance gaucho, a imprensa apedrejou Wanderley Luxemburgo, técnico do Grêmio, pois este é feio, não tem mais o agrado desta imprensa e nem se preocuparam de analisar de forma justa o evento. O gandula, devidamente treinado pela agremiação do Internacional, coloca a bola dentro de campo na marca de escanteio e o jogador vem correndo do meio do campo, sem parar, já executa o chute e pega a defesa totalmente despreparada. Ora, mas a reposição também não foi rápida? Sim, foi. Mas o “combinado” é só com uma agremiação Internacional, e não é disponibilizado para o Grêmio, nem para o Fluminense, que sofreu com o lance dias antes pela Libertadores da América. Luxemburgo saturado de falcatruas do futebol manifesta-se contra o gandula, sai de sua área legal de atuação no campo e acaba expulso. Uma manifestação explosiva de saturação apenas e nada mais. A gandula, e professora de Educação Física, Fernanda foi ao céu e o técnico Luxemburgo foi ao inferno. A gandula, por ser fato novo, bonita, belo corpo, comunicativa e o técnico por ser fato velho, ultrapassado, feio. A Fernanda vendeu muito mais material jornalístico do que Luxemburgo, mas porque gosta-se de um e não gosta-se do outro. Esse é um “tic” de comportamento, voluntário, premeditado e com interesse financeiro, vendendo mídia.

Um comentário:

  1. Muito bom o texto e como todos os outros sempre muito iteressante. Infelizmente não dá pra comentar sobre o tema em foco pois não entendo nada de futebol, mas se tratando do "TIC" de falar Bem de quem gostamos e Mal de quem não apreciamos é algo que precisamos sempre nos avaliar para não cometermos involuntariamente essa gafe no noso dia dia.

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